“Golpe em aposentados: operação da PF atinge Divinópolis e outras cidades.”
Uma gangue suspeita de ter fraudado R$ 6,3 bilhões em deduções indevidas dos salários de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está sendo investigada pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) nesta quarta-feira (23). As operações ocorrem simultaneamente em diversos estados, incluindo Minas Gerais. A ação, chamada Sem Desconto, visa desmantelar um esquema nacional de cobranças indevidas de associações.
Participam da operação 700 agentes federais e 80 membros da CGU. Estão sendo cumpridos 211 mandados de busca e apreensão, além de ordens de bloqueio de ativos no valor superior a R$ 1 bilhão e seis mandados de prisão temporária, incluindo um em Minas Gerais. Seis servidores públicos foram afastados de seus cargos.
Em Divinópolis, um mandado de busca e apreensão foi executado na casa de um advogado, porém, o delegado Daniel Souza, encarregado da operação na cidade, ainda não divulgou informações sobre o que foi encontrado.
A operação abrange vários estados e um relatório sobre os resultados deve ser divulgado ainda hoje em Brasília-DF. O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, além de outros cinco servidores do órgão, foram afastados como resultado da operação “Sem Desconto”.
“As investigações revelaram a presença de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades de associações que incidem sobre os benefícios previdenciários, especialmente aposentadorias e pensões, concedidos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Até o presente momento, as entidades exigiram de aposentados e pensionistas um total aproximado de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024”, diz a nota da PF.
Conforme a PF, os envolvidos poderão ser acusados de corrupção ativa e passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documentos, formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Para mais notícias acesse o nosso grupo de Whatsapp: https://chat.whatsapp.com/E1DLuvdmouqIGPz6d63jSK
