Setembro Amarelo: mês de prevenção ao suicídio reforça importância do diálogo e da busca por ajuda
Setembro marca o início da primavera, colorida pelos ipês amarelos, mas também é lembrado em todo o mundo como o mês da prevenção ao suicídio. A campanha, conhecida como Setembro Amarelo, surgiu em 1994 após a morte do jovem norte-americano Mike Emme, de 17 anos, que tirou a própria vida dentro de seu carro amarelo. No funeral, amigos distribuíram fitas da mesma cor com a frase: “Se precisar, peça ajuda”.
O suicídio é uma das principais causas de morte evitáveis em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 800 mil pessoas morrem todos os anos dessa forma, deixando familiares e amigos em um luto doloroso. Estudos apontam que mais de 90% dos casos estão relacionados a algum tipo de sofrimento mental, como depressão, bipolaridade ou esquizofrenia.
Para especialistas, falar abertamente sobre o tema é essencial para quebrar tabus e preconceitos que ainda dificultam o acesso ao tratamento. O cuidado pode envolver acompanhamento médico, psicoterapia e, sobretudo, apoio social e familiar.
“Mais do que pensamentos positivos, precisamos falar do sofrimento e buscar cuidado. Pedir ajuda diante de uma ideia de suicídio pode fazer toda a diferença. Setembro Amarelo é um lembrete de que não estamos sós”, destacou a psicóloga Michele Mileib de Vasconcelos, professora da UNA Divinópolis.
O movimento reforça que qualquer pessoa pode ser rede de apoio: familiares, amigos, colegas de trabalho, professores ou profissionais da saúde. Em momentos de crise, uma escuta acolhedora pode ser o primeiro passo para salvar uma vida.
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