“Servidores se reúnem hoje para decidir sobre greve.”

Após a conclusão da paralisação dos motoristas do transporte público, hoje, a partir das 18 horas, os funcionários municipais também decidirão em votação se irão entrar em greve. O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Centro-Oeste (Sintram) denuncia a ausência de diálogo com o governo em relação às negociações salariais. A categoria já se encontra em estado de greve.
Demandas> A mobilização do Sintram para a campanha de aumento salarial iniciou-se em 23 de janeiro. Nesse mesmo dia, a Prefeitura emitiu um decreto com um reajuste de 7,52% nos salários. No entanto, o aumento do auxílio-refeição foi de apenas R$ 1, subindo para R$ 15.
Essa decisão não satisfaz as exigências do sindicato, que apresentou as seguintes demandas:
Um aumento de 20% nos salários, em função das perdas acumuladas nos últimos dez anos;
igualação do valor do auxílio-alimentação oferecido pela Câmara, de R$ 15 para R$ 32.
Diálogo prejudicado> O sindicato alertou a Prefeitura no dia 24 de janeiro, pedindo uma reunião com a administração. Contudo, não houve nenhuma resposta. Para o líder do sindicato, Marco Aurélio Gomes, a negociação com a categoria é essencial. Se isso não acontecer, a interrupção das atividades se torna uma opção para manifestar a insatisfação dos trabalhadores.
— Como não obtivemos retorno da equipe do prefeito, convocamos uma assembleia para decidir sobre a possibilidade de uma greve ou uma paralisação, com o intuito de pressionar o governo a dialogar com nossa categoria — enfatiza.
De acordo com os cálculos do sindicato, a perda salarial dos servidores é de 19,9% — 11,82% durante a gestão de Vladimir Azevedo, 3,94% sob a administração do ex-prefeito Galileu Machado (PRD), e, por fim, mais 5,03% de perda no primeiro mandato de Gleidson Azevedo (Novo).
Visitas> Além disso, a diretoria do sindicato já fez várias visitas aos setores da Prefeitura, incentivando a participação na assembleia para votação da proposta de uma greve por tempo indeterminado.
— Estamos encontrando os servidores bastante insatisfeitos com a situação na Prefeitura, seja em relação aos salários, ao relacionamento com os superiores ou às condições de trabalho. A categoria está alcançando seu limite, e isso é visível nas conversas durante as visitas — observa o diretor financeiro, Elder Cássio Ferreira Quadros.
Para Marco Aurélio, “a administração trata os servidores com total desdém”. Ele também recordou a última greve dos servidores, ocorrida em 2016, que durou 38 dias.
— Aquela greve deve servir como exemplo para que os servidores entendam que o lema “Unidos somos mais fortes” não é apenas uma frase de efeito do sindicato. É uma realidade. Milhares de servidores foram às ruas e demonstramos nossa força — ressalta.
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