Servidores da Copasa lotam ALMG em protesto contra proposta de privatização

Nesta quarta-feira (22), o plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foi palco de uma das maiores manifestações sindicais dos últimos anos.
Milhares de trabalhadores da Copasa ocuparam auditórios e corredores da Casa em protesto contra a proposta que pode permitir a privatização da estatal de saneamento.
De acordo com estimativas, mais de seis mil pessoas participaram do ato, vindas de diversas regiões do estado.
A manifestação ocorreu durante audiência pública da Comissão de Trabalho, da Previdência e da Assistência Social, que discutiu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/23 — texto que revoga a exigência de referendo popular para a venda da Copasa.
Parlamentares de oposição classificaram a medida como um “ataque à democracia participativa”, destacando que o plenário foi tomado por servidores e entidades sindicais.
Cartazes, faixas e gritos de ordem dominaram o ambiente, com frases como “Água não se vende” e “A empresa pública é do povo”. Líderes sindicais alertaram para o risco de demissões, queda de salários e piora na qualidade do serviço.
Em defesa da proposta, representantes do governo argumentaram que a mudança é necessária para atrair investimentos e universalizar o saneamento básico até 2033, conforme o Marco Legal do Saneamento.
O secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico afirmou que parte dos recursos da eventual venda seria usada para amortizar dívidas do estado e financiar saúde e educação.
Analistas avaliam que o episódio mostra que o debate ultrapassa a esfera técnica, ganhando forte peso político e simbólico. A presença massiva de servidores indica que o governo enfrentará resistência significativa caso avance com a proposta.
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