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Preço dos alimentos: seca vai deixar ainda mais caro
A inflação tem aumentado o preço dos alimentos, combustíveis, energia elétrica e tanto outros itens. Diminuindo cada dia mais o poder de compra dos brasileiros, já que o salário não acompanha a tendência.
Neste cenário, preço dos alimentos deve subir ainda mais, e não há um motivo único para que isso aconteça, mas entre eles está a seca, que causa também o aumento da energia elétrica. As informações são do G1.
Com o preço da cesta básica nas alturas, consumindo até 65% do salário mínimo, muitas famílias já se viram obrigada a reduzir a qualidade da alimentação, mas a situação pode piorar.
A falta de chuva, por exemplo, atinge o Centro-Sul desde 2020, prejudicando a colheita e gerando queda de produtos. Neste cenário, as usinas hidrelétricas também estão em baixo nível, gerando a importação de energia e também acionamento das termelétricas – que produzem energia mais cara.
“Os custos com energia elétrica vão ficar pressionados por um bom tempo, afetando, principalmente a agroindústria, que consome mais energia do que os produtores. Naturalmente, isso vai aparecer no preço final dos produtos”, diz Felippe Serigati, professor da Escola de Economia de São Paulo, da FGV, em entrevista ao G1.
Entre itens que podem ser prejudicados com a falta de irrigação estão ainda hortaliças, arroz e feijão.
Confira uma lista de alimentos que o preço pode ficar mais caro:
- Açúcar
- feijão
- café
- carne
- leite
- frango e ovos
- hortaliças
Já o preço do arroz deve se estabilizar, mas não deve ter redução.
Arroz não deve ficar barato
Um item que faz parte do dia a dia dos brasileiros é o arroz, que deve continuar caro. Um total de 70% da produção fica por conta do Rio Grande do Sul, e os reservatórios da região não estão no nível máximo.
“Dois fatores influem diretamente na intenção de plantio. Um deles é a disponibilidade hídrica: o produtor só pode plantar área para a qual tenha água suficiente. Ele não pode arriscar. O outro é o custo de produção, que aumentou muito em relação à safra anterior”, avalia João Batista Camargo Gomes, diretor comercial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga).
Entenda: “O preço do arroz deve se estabilizar em torno de R$ 5 o quilo. Não vai subir aos níveis de 2020, mas também não vai baixar”, afirma a diretora executiva da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), Andressa Silva.
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