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Polícia Militar evita suicídio de mulher grávida de 7 meses

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Uma mulher de 27 anos e grávida de sete meses tentou cometer suicídio na zona rural do município de Moeda, na Região Central de Minas Gerais. Em uma abordagem que durou mais de uma hora, dois policiais militares conseguiram dissuadir a futura mãe da criança da ideia de pular de uma ponte na noite dessa terça-feira (23/11).
A ocorrência teve início quando a sala de operações da polícia recebeu uma ligação, por volta das 19h, da própria mulher falando que cometeria suicídio. Após dizer isso, ela encerrou a chamada.
Em entrevista ao Estado de Minas, o cabo Carlos Eduardo Ruffo explica que o número de telefone, que originou a chamada, ficou registrado no sistema. “Nós tentamos contato para tentar localizá-la, porém, sem êxito. A mesma não atendia. Após insistir muito na ligação, ela atendeu”, explica o policial, destacando que o soldado Lougan da Silva e Sá também auxiliou na ocorrência.
“Nós nos identificamos e falamos que gostaríamos de conversar um pouco com ela; que ela poderia confiar no nosso trabalho e, assim, dissesse onde estava. Em um primeiro momento, ela respondeu: ‘Eu vou me matar’. Insistimos no diálogo para descobrir onde ela se encontrava e ela afirmou que se jogaria de uma ponte laranja”, detalha Ruffo.
Mesmo com poucas características do local, os militares suspeitaram onde a mulher pudesse estar e conseguiram localizá-la.

Abordagem humanizada
Chegando ao local, os policiais visualizaram a vítima sentada na barreira de proteção da ponte, encolhida sob o corpo e com um urso de pelúcia nos braços. “Então, sentei ao lado dela, com a intenção de gerar proximidade e confiança e o soldado Logan também ficou perto dela. E foi assim que iniciamos um longo diálogo para que ela saísse daquele local de risco”, relembra o policial.
A vítima afirmava que acabaria com a sua vida por não se considerar uma boa mãe e que não queria que a culpa da sua morte fosse atribuída ao pai da criança. “Quando ela tocou no ponto de não culpar ao pai, mostrou-nos uma faca e afirmou que, com ela, iria tirar a criança, entregá-la e pular da ponte.”
“Entre os vários pontos de argumentação, a gente falou que o fato dela – conforme seu próprio relato – estar fazendo o pré-natal já é um indicativo de que ela é uma boa mãe, pois mostra o compromisso com o bem-estar da criança. Quando as coisas já estavam mais calmas, mostrei a ela uma foto da minha filha arrumando a árvore de Natal e disse a ela: ‘Daqui a pouco será a sua’”, finaliza o policial.
Por fim, os policiais tiveram êxito em convencê-la a sair da ponte. Ela também acabou entregando a faca que estava em sua posse.
Após o sucesso no regaste, o atendimento médico foi acionado para o devido acompanhamento da vítima.

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