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Ministro nega que novo Bolsa Família vai ter cunho eleitoral

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O Ministro da Economia, João Roma, saiu em defesa do seu Governo em entrevista nesta terça-feira (24). De acordo com ele, não é verdade essa história de que o Presidente Jair Bolsonaro estaria usando o Auxílio Brasil como uma forma de se promover politicamente. Vale lembrar que no próximo ano o país vai registrar eleições presidenciais.

“É preciso ficar muito claro que o presidente Bolsonaro, em especial, jamais se referiu a este assunto com viés eleitoral. Pelo contrário, ele sempre fala que devemos agir pelo governo sem olhar para as próximas eleições”, disse o Ministro, que considera que o novo programa vai se tornar uma política de estado e não de Governos.

“Estamos trabalhando para que este projeto seja permanente do Estado Brasileiro e não venha ser um programa transitório. Isso porque ele não é uma lei de governo, não é algo passageiro, mas definitivo”, seguiu o Ministro João Roma. Ele completou dizendo que a Câmara dos Deputados e o Senado Federal terão papel importante no benefício.

“(O projeto) está submetido ao Congresso Nacional para consolidar os seus pilares, pois os programas de transferência de renda não podem ter digital de nenhum partido ou ideologia. Eles são do Estado, são uma conquista da sociedade. Portanto, não pertencem a nenhum governo”, completou o Ministro da Cidadania.

A ideia do poder executivo é começar os pagamentos do novo Bolsa Família a partir do próximo mês de novembro. O programa, aliás, deve mudar de nome e vai passar a se chamar Auxílio Brasil. De acordo com o Ministro João Roma essa mudança na nomenclatura também não teria qualquer relação com as eleições do próximo ano.

Lula

De acordo com informações da imprensa, o Governo estaria mudando o nome do Bolsa Família com o propósito de afastar o projeto da imagem de Lula. É que membros do Planalto estariam avaliando que o termo tem muita relação com o PT.

Além disso, ainda de acordo com essas informações, integrantes do grupo político conhecido como Centrão estariam pressionando Bolsonaro. A ideia seria justamente aumentar o valor do novo Bolsa Família para a casa dos R$ 400. Na avaliação deles, esse seria um passo importante para vencer as eleições.

Em entrevista recente, o ex-presidente Lula disse que concorda com o aumento nos valores do Bolsa Família. No entanto, ele disse que as pessoas irão pegar o dinheiro e não vão votar em Bolsonaro no próximo ano.

Auxílio de Bolsonaro

João Roma não foi o primeiro ministro a sair em defesa do Presidente Jair Bolsonaro nos últimos dias. Recentemente, o chefe da pasta da economia, Paulo Guedes, disse que o chefe do executivo teria uma preocupação genuína com os invisíveis.

Esse é o termo que Guedes costuma usar para se referir aos brasileiros que não estão recebendo nem o Auxílio Emergencial nem o Bolsa Família. São cidadãos que estão em situação de vulnerabilidade mas que não estão conseguindo receber nenhuma ajuda do Governo.

A ideia é que o novo Bolsa Família, ou Auxílio Emergencial, vá ter um aumento de valores médios de pagamentos. De acordo com informações de bastidores, os patamares de repasses subiriam dos atuais R$ 189 para algo em torno de R$ 300. O Governo ainda precisa confirmar essas informações.

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