
“Morre o homem e fica a fama. E a fama dá trabalho, porque muitos agora vão imitá-lo”, disse o locutor José Rodrigues Pereira, o Barra Mansa, 59, após receber a notícia da morte de Asa Branca.
Nas arenas desde 1977, foi em junho de 1985, no rodeio de Paulo de Faria (SP), que Barra Mansa fez o “pássaro cantar”.
“Ele era motorista do caminhão do Paulo Emílio e, numa sexta-feira à noite, me pediu dinheiro para tomar uma cachaça e disse para mim que o grande sonho da vida dele era ser um locutor como eu. No dia seguinte, eu dei o microfone na mão dele, saí da arena, fui para o hotel e, quando voltei, ele ainda estava lá narrando, segurou o show. Nunca vou esquecer disso. Foi das minhas mãos que o Asa Branca pegou o primeiro microfone e mostrou sua voz ao mundo”, contou emocionado à reportagem.
Para Barra Mansa, Asa foi um fenômeno dos rodeios, marcou uma geração e jamais será esquecido. “O locutor mais criativo de todo o Brasil se chamava Waldemar Ruy dos Santos. Tudo o que ele fez pelos rodeios, tudo o que ele foi, jamais será esquecido. Nunca, ninguém mais que surgir na locução de rodeios será como ele, porque ele é inimitável, vai deixar muita saudade”, finalizou.
A biografia
A trajetória do locutor ganhou recentemente uma biografia escrita pelo escritor e jornalista Raul Marques. Ele ouviu mais de 50 pessoas próximas ao Asa Branca, como Sérgio Reis, Sonia Abrão, Oscar Roberto de Godói e a dançarina Rita Cadilac.
Marques lamenta a perda do locutor e ressalta sua transparência durante a produção da obra. “Durante dois anos, estive em contato com o Asa Branca para a produção da biografia. Conversei por muitas horas com o locutor, além de seus amigos, parentes, profissionais do rodeio e até desafetos. Ele nunca escondeu nada de sua vida profissional e pessoal, nem mesmo as passagens desconfortáveis. Sempre foi transparente e honesto em suas declarações. Ele me contou que tinha um arrependimento na vida: ter permitido a entrada das drogas, que só trouxeram prejuízo à sua carreira e vivência. Sua contribuição para o rodeio é grande e jamais será apagada”.
O corpo de Asa Branca deverá ser enterrado em Turiúba, no interior de São Paulo, cidade onde nasceu e passou parte da infância. Os detalhes ainda não foram divulgados pela família do locutor. Asa deixou a esposa Sandra Santos, filhos e netos.
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