“Justiça de Divinópolis condena assassino de jovem em perseguição e absolve cúmplice.”

A Justiça decidiu, nesta terça-feira (11), sobre os réus envolvidos no homicídio de Warley Hugo Rodrigues, de 22 anos, ocorrido em Divinópolis em março de 2024. A vítima, que estava dentro de um veículo, foi alvo de uma perseguição realizada por dois indivíduos em uma motocicleta e foi atingida por disparos na rua Goiás, no centro da cidade, durante o dia.
O Tribunal do Júri condenou Yan Sousa da Silva, de 24 anos, a 16 anos e três meses de reclusão em regime fechado. João Vitor Caetano Gomes, de 22 anos, o motorista da moto, foi absolvido, pois as investigações concluíram que ele não estava ciente da intenção criminosa de Yan.
A motivação do crime foi uma cobrança relacionada a uma dívida de agiotagem, estimada em R$ 2 mil, que havia sido contraída pela namorada de Yan.
No dia 25 de março do ano anterior, João Vitor, que possui uma oficina de motos, ofereceu uma carona a Yan. Na avenida 1º de Junho, o passageiro disparou contra o carro onde estava Warley e outras duas vítimas. A perseguição continuou até a rua Goiás, onde o veículo colidiu com a parede de uma loja.
Warley foi levado ao Complexo de Saúde São João de Deus, mas não sobreviveu aos ferimentos, falecendo na unidade horas após ter sido atingido. No mesmo dia, João Vitor foi detido por sua participação no crime. Yan foi capturado 20 dias depois, em 15 de abril, durante uma operação da Polícia Militar no bairro Nossa Senhora das Graças, também em Divinópolis.
Ambos os réus já haviam sido colocados em prisão preventiva. Com a decisão de absolvição, João Vitor deverá sair do sistema prisional. O defensor de Yan, Webert Nascimento, planeja recorrer da sentença para tentar reduzir a pena. Ele alegou que o atirador agiu em legítima defesa, uma vez que Warley o ameaçava por causa das dívidas.
“Nosso cliente foi condenado por homicídio privilegiado, que ocorre logo após uma ameaça, uma emoção intensa, resultando em uma significativa diminuição da pena. Contudo, não concordamos com a duração da pena imposta nem com os agravantes. Vamos apelar para tentar reduzir a pena e eliminar essas qualificadoras”, afirmou.
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