Incêndio de grandes proporções destrói galpão industrial em Itapecerica.

No último sábado (17), um incêndio de grande intensidade atingiu uma edificação industrial em Itapecerica, município situado a cerca de 58 quilômetros de Divinópolis. O fogo consumiu completamente um galpão da empresa ADDAN, dedicado à fabricação de palmilhas de borracha para calçados. A ocorrência mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polícia Militar e brigadistas da própria empresa, em uma operação que se estendeu por mais de 13 horas.
Localizada na Avenida Tancredo Neves, a fábrica operava regularmente e possuía o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) válido até 20 de dezembro de 2026. A corporação foi acionada por volta das 13h de sábado, via central de emergências 193, quando o incêndio já havia se alastrado por quase toda a estrutura.
Ao chegarem ao local, os bombeiros se depararam com o galpão, de aproximadamente 2.000 m², completamente tomado pelas chamas. A estrutura já havia desabado, e a fumaça podia ser vista de longa distância. Diante da gravidade, os militares adotaram inicialmente uma estratégia ofensiva no combate ao fogo, que depois foi substituída por uma abordagem defensiva, priorizando a contenção das chamas para evitar que o incêndio atingisse construções vizinhas, além de uma planta de energia solar situada nas proximidades.
A segurança dos envolvidos na operação também foi uma prioridade. Apesar da magnitude do incêndio, ninguém ficou ferido. A Polícia Militar e a Defesa Civil auxiliaram na contenção dos escombros, no controle do tráfego local e na avaliação dos riscos estruturais, já que o galpão teve sua estrutura completamente comprometida.
O fogo foi finalmente controlado na madrugada de domingo (18), após o uso de cerca de 200 mil litros de água, cinco viaturas do Corpo de Bombeiros e o empenho de 13 militares, além de 20 brigadistas da empresa.
Contudo, o trabalho ainda não havia terminado. Por volta das 4h da manhã, os bombeiros foram acionados novamente após a técnica de segurança da fábrica identificar novos focos de incêndio. Ao retornarem ao local, os militares encontraram pequenos pontos de combustão. O fogo de baixa intensidade foi rapidamente controlado por meio de técnicas de resfriamento e abafamento, sem necessidade de acionar novamente os demais órgãos de apoio.
Apesar dos esforços, os danos foram totais. Toda a estrutura do galpão foi destruída. A causa do incêndio ainda está sob investigação, mas a principal suspeita é de um curto-circuito. A Polícia Civil informou que, até o momento, não há indícios de crime e, por isso, nenhum procedimento foi instaurado. Como o caso não configura, a princípio, ilícito penal — nem mesmo em sua forma culposa —, não haverá atuação da corporação, a menos que surjam novos elementos que justifiquem a reabertura da apuração.
