Brasil
“Governo planeja aumentar impostos para quem recebe mais de R$ 5 mil.”
O governo federal anunciou nesta quinta-feira (28) que pretende criar uma alíquota de até 10% para os contribuintes com rendimentos superiores a R$ 5 mil por mês. O imposto será cobrado de forma progressiva, aumentando conforme a renda, até atingir a taxa máxima de 10% para quem ganha mais de R$ 1 milhão.
A proposta foi apresentada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante uma coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, que também abordou um pacote de cortes de gastos. O aumento de impostos para as faixas de maior renda tem como objetivo compensar a isenção do Imposto de Renda para pessoas com ganhos de até R$ 5 mil mensais, o que deve gerar uma perda de R$ 35 bilhões para os cofres públicos.
Haddad explicou que a atualização da faixa de isenção e os descontos concedidos pela Receita Federal beneficiarão cerca de 70% a 80% dos trabalhadores assalariados. A ampliação da isenção do Imposto de Renda começará a valer em 2026, mas ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional, sem data definida para análise.
A medida pode beneficiar aproximadamente 30 milhões de brasileiros, segundo a Unafisco Nacional, associação que representa os Auditores Fiscais da Receita Federal. Economistas consideram a mudança positiva tanto do ponto de vista social quanto econômico. Além disso, o governo propõe que a isenção do imposto de renda por despesas de saúde seja limitada a quem ganha até R$ 20 mil mensais. De acordo com Haddad, quem ultrapassar esse limite não terá direito à isenção, mas poderá deduzir integralmente os gastos com saúde, tanto em planos de saúde quanto em atendimentos particulares. Essas ações combinadas devem garantir os R$ 35 bilhões necessários para cobrir o custo da isenção para quem ganha até R$ 5 mil.
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