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Ganhar na loteria te faria feliz?

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O questionamento foi o mote que gerou uma pesquisa, feita na Inglaterra, sobre este acontecimento raro, mas desejado pela grande maioria das pessoas. É raro você encontrar alguém que nunca tenha jogado em alguma modalidade lotérica, pelo menos aqui no Brasil.

Será que todos os apostadores já se perguntaram seriamente em como ganhar uma quantia obscena de dinheiro mudaria sua vida? Ter que se adaptar a uma outra realidade – trabalhando ou vivendo de renda – morar em outro lugar, nos pedidos de ajuda de familiares, amigos e até desconhecidos, na engenharia financeira que te faria viver bem e confortável para sempre?

A maioria das pessoas só pensa no lado bom do acontecimento e isso é facilmente explicável. É muito difícil conseguir subir na vida, no Brasil. Ou nasce-se com muito talento pro futebol, pras artes ou sendo filho de pai rico. Empreender e conseguir sair do sufoco é algo tão difícil que nem deve aparecer nas estatísticas sobre o tema.

Na pesquisa inglesa – com detalhamento nos vencedores lotéricos do ano de 1978, no país europeu – aproximadamente 350 pessoas foram contatadas. 22 pessoas, surpreendentemente, afirmaram que não haviam ficado mais felizes com a quantia recebida. É quase 10% dos sortudos, para enorme surpresa dos pesquisadores.

A enorme maioria das pessoas, é claro, declarou que o acréscimo financeiro os ajudou a terem mais satisfação com a vida em geral, como se esperava. Será que uma pesquisa semelhante poderia ser feita aqui no Brasil com pessoas que mudaram de vida acertando a Mega-Sena?

Logo de cara, os analistas perceberiam que a maior parte dos vencedores de grandes quantias perdiam quase tudo ao fim dos 2 primeiros anos do acontecido. Por generosidade, por gastos excessivos, por aproveitadores que “colavam” neles com o pretexto de ajudá-los, não faltariam motivos.

A razão principal é facilmente percebida com um aspecto muito comum: pouca escolaridade. A (falta de) educação como um todo – e a financeira, em particular – faz muita diferença na vida do povo brasileiro. Quanto maior é a escolaridade, mais chances o ganhador tem de conseguir administrar bem a bolada recebida do dia para a noite.

Quem assistiu ao filme Até que a sorte os separe sabe bem sobre o que se está falando. O sortudo acha que mudou sua vida para sempre e começa a gastar sem parar em farras, ajudando amigos, curtindo a vida sem pensar no amanhã. O personagem, vivido pelo humorista Leandro Hassum, representa bem este sentimento hedonista e inconseqüente.

Será que aconteceria o mesmo com todo mundo ou você se acha preparado? Lidar com a compra de imóveis de alto valor, aplicações financeiras de curto, médio e longo prazo, pagamento de impostos atrelados aos novos bens – lembrando que a premiação é 100% livre de imposto, já descontado na fonte – e, o principal, a família…

Sua família seria contemplada com parte do seu dinheiro ou você esconderia de todos, mudando de bairro, de cidade e até de país? O Brasil é um país muito violento, muitas vezes esconder algo assim pode significar mais segurança para familiares e amigos, a depender de onde o vencedor seja morador.

Uma coisa é certa, o melhor a se fazer é ter muita responsabilidade. Pensar bastante antes de começar a gastar o dinheiro indiscriminadamente. Começar comprando imóveis para si e sua família é o ideal. Depois se pensa em farras, férias, viagens, jantares, grifes, ostentações e outras alegrias um pouco mais fúteis.

Só não vale a pena deixar de jogar e de sonhar. Quem é que não quer ser um milionário?

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