Denúncia de venda irregular de medicamento em academia de Divinópolis mobiliza autoridades e expõe risco sanitário

Uma empresária de 33 anos registrou boletim de ocorrência denunciando a venda irregular do medicamento tirzepatida (Mounjaro) dentro da academia SkyFit, localizada na Rua Centralina, bairro Bom Pastor, em Divinópolis (MG).
O caso, que envolve um personal trainer, ganhou repercussão e passou a mobilizar a Polícia Civil e o Ministério Público, diante de possíveis infrações sanitárias e ameaças.
Segundo o registro policial nº 2025-047269788-001, a denunciante Poliane afirmou ter adquirido o medicamento por R$ 1.500, intermediado por Jonathan, esposo de sua personal trainer, Rafaela. Após desconfiar da procedência, ela pediu o reembolso e relatou ter recebido mensagens ofensivas e ameaças.
Poliane também procurou a imprensa local para alertar sobre a falta de fiscalização em academias, dizendo que o episódio reflete “um cenário de informalidade perigosa, onde a saúde pública e a segurança física dos alunos ficam em risco”.
A Polícia Militar classificou o caso como “Outras Ações de Defesa Social” e o encaminhou à Delegacia de Polícia Civil de Plantão. A venda de medicamentos controlados em ambientes esportivos é proibida pela Anvisa e pode configurar crime sanitário, conforme a Lei 6.437/1977.
O Mounjaro, da farmacêutica Eli Lilly, tem uso restrito ao tratamento de diabetes tipo 2, mas tem sido usado de forma indevida como redutor de peso. Sua venda sem prescrição médica é ilegal.
Contraditório da Academia SkyFit
Em nota, a defesa da academia, representada por Rodrigo Araújo Advocacia, afirmou que não há vínculo trabalhista entre o personal e a empresa, destacando que ele atua de forma autônoma em várias academias da cidade.
“A academia apenas tomou conhecimento do fato no dia 9 de outubro e seus sócios diligenciaram esforços para apurar todos os detalhes, mesmo não tendo qualquer responsabilidade sobre o ocorrido”, diz o comunicado.
Segundo a nota, a própria aluna teria procurado o personal para comprar o medicamento sem receita, e o caso teria ocorrido fora do ambiente e sem ciência da empresa.
“A compra e venda ocorreram sem o conhecimento, intermediação ou gerência da SkyFit. A academia não possui qualquer responsabilidade sobre essa situação”, finaliza a defesa.
Outras denúncias
A empresária também afirmou que uma professora de spinning da academia estaria atuando sem registro ativo no CREF, o que configuraria exercício irregular da profissão.
O CREF exige que todos os instrutores de atividades físicas tenham registro profissional válido, para garantir a segurança dos alunos.
O Divinews mantém o espaço aberto para manifestação dos demais envolvidos — o personal Jonathan, sua esposa Rafaela, e a própria denunciante, diante da nota da academia.
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