O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é o “porta-voz antivacina”. A declaração foi dada em entrevista à revista Veja.
De acordo com o senador, a CPI da Covid levantou indícios que apontam para a possibilidade de Bolsonaro ter cometido crime de responsabilidade na gestão da pandemia de Covid-19 no Brasil.
Na avaliação de Aziz, o presidente da República fez “anticampanha” ao desacreditar a eficácia das vacinas, principalmente nos episódios em que chamou a CoronaVac de “vachina” e disse que quem tomasse o imunizante da Pfizer poderia virar jacaré.
“O presidente, que era para ser o porta-voz da vacinação, é o porta-voz antivacina, além de ser porta-voz de remédios não comprovados cientificamente”, disse Aziz.
Omar Aziz também criticou a demora do governo federal na aquisição de vacinas de fabricantes reconhecidas mundialmente, enquanto tratava sobre a compra de imunizantes que ainda não tinham sido aprovados para uso em outros países, como a Covaxin, cujo contrato foi suspenso pelo Ministério da Saúde após suspeitas de fraude.
“Negligenciam as fabricantes sérias, mas dão prioridade a essas outras, como o caso da Covaxin, o mais barulhento até agora. Os indícios de crimes por agentes públicos são muitos. A CPI vai colocar isso no relatório”, disse.
Bolsonaro deve ser responsabilizado por gestão da pandemia de Covid-19
Além da campanha antivacina, segundo Aziz, a CPI da Covid busca enquadrar Bolsonaro por ter promovido o uso de medicamentos sem comprovação cientifica de eficácia contra Covid-19, além de incentivar a chamada “imunidade de rebanho”, o que teria causado muitas mortes no país.
Questionado se o presidente entrará no relatório final da CPI e se caberia um pedido de impeachment pelos motivos listados, Aziz respondeu que Bolsonaro pode ser responsabilizado pela má gestão da pandemia de Covid-19.
“O que nós temos são vários fatos que levam a isso. Não posso me antecipar, mas tenha certeza de que todos aqueles que foram omissos em relação à doença, numa conjuntura em que o negacionismo foi muito grande, terão de ser responsabilizados pelos seus atos. Se os indícios forem contra o presidente, não tenha dúvida de que ele estará no relatório final”, disse.
FONTE; BRASIL123
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