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“Chamas em Divinópolis consomem grande área e aumentam preocupações com incêndios florestais.”

Os incêndios florestais se tornam uma preocupação constante durante os períodos de calor intenso, quando a vegetação seca facilita a propagação das chamas. No entanto, até mesmo em épocas tradicionalmente mais úmidas, como o início do ano, algumas áreas têm registrado um aumento significativo nas ocorrências, gerando alertas entre autoridades e especialistas.

Na região, a situação se agravou ainda mais após o maior incêndio do ano atingir Divinópolis no último domingo, consumindo mais de 300 hectares de vegetação no bairro Belvedere II. O fogo, que levou cerca de três horas para ser controlado pelos bombeiros, destacou a crescente preocupação com o avanço das queimadas, que já apresenta números alarmantes de ocorrências na região.

Em resposta ao aumento das queimadas, o governo federal declarou estado de emergência na região Oeste de Minas, com o objetivo de adotar medidas rápidas e eficazes para conter os danos. O incêndio mais significativo deste ano ocorreu em Divinópolis, no bairro Belvedere II, no domingo, 9 de março. As chamas começaram por volta das 16h15 e rapidamente se espalharam pela vegetação seca, destruindo mais de 300 hectares.

O incêndio demandou uma grande mobilização do Corpo de Bombeiros, e a operação de combate durou cerca de três horas. As autoridades ainda investigam as causas do incêndio.

Registros> De acordo com o balanço do 10º Batalhão do Corpo de Bombeiros, publicado na última segunda-feira, 10 de março, a região Centro-Oeste de Minas já registrou 229 incêndios florestais nos primeiros 68 dias de 2025. Esse número representa um aumento alarmante em comparação com o mesmo período de 2024, quando foram registrados apenas 63 incêndios. O aumento de 263,49% é especialmente preocupante, uma vez que o início do ano costuma ser marcado por um volume maior de chuvas, o que, teoricamente, ajudaria a reduzir as queimadas.

Quando comparado aos anos anteriores, o aumento das ocorrências se torna ainda mais evidente. Em 2023, foram registrados 43 incêndios no mesmo período, e em 2022, apenas 28. Esse crescimento contínuo preocupa autoridades e especialistas, que buscam entender os fatores responsáveis por essa escalada.

Colaboração> Diante desse cenário alarmante, o Corpo de Bombeiros destaca a necessidade de conscientização da população e intensificação das ações preventivas. O comandante da 1ª Companhia Operacional, capitão Antônio Vaz, enfatizou a importância da colaboração de todos:

O aumento significativo dos incêndios em um período que deveria ser mais úmido acende um sinal de alerta. Precisamos da colaboração da população para evitar queimar o ano todo e para acionar os bombeiros ao perceber qualquer foco de incêndio — afirmou.

Causas> De acordo com o 10º Batalhão do Corpo de Bombeiros, o aumento das temperaturas médias e a ação humana, como queimadas ilegais, são fatores que podem estar impulsionando a elevação no número de incêndios florestais. Além disso, a redução das chuvas tem causado períodos de estiagem, mesmo em meses tipicamente chuvosos, o que facilita a propagação do fogo.

Os impactos das queimadas são diversos, afetando a fauna e flora, provocando problemas respiratórios na população devido à fumaça e causando danos à infraestrutura. Também há risco para o abastecimento de água, com a aceleração da seca em nascentes e mananciais. Diante desse quadro, o batalhão de Divinópolis reforça a importância de medidas preventivas e do envolvimento da sociedade para evitar novos focos de incêndio.

Ações> Em resposta, o Corpo de Bombeiros irá intensificar a fiscalização e antecipar campanhas educativas voltadas para a conscientização da população sobre os riscos das queimadas. As campanhas serão direcionadas a moradores de áreas vulneráveis e produtores rurais, que frequentemente realizam queimadas para limpeza de pastagens ou descartam resíduos de maneira inadequada, práticas que podem sair do controle e resultar em grandes incêndios.

Além de conscientizar sobre os impactos ambientais e à saúde, as campanhas também abordarão a legislação vigente, alertando que queimadas irregulares são crime e podem acarretar punições severas. O objetivo é incentivar práticas seguras e sustentáveis, reduzindo o número de ocorrências e os danos causados pelo fogo. Palestras, distribuição de panfletos e visitas a propriedades rurais serão algumas das estratégias adotadas para aumentar o alcance das ações educativas.

Estado de Emergência> A gravidade dos incêndios florestais no Centro-Oeste de Minas, especialmente no segundo semestre de 2024 e no início de 2025, levou o governo federal a declarar estado de emergência na região.

A portaria, publicada em 28 de fevereiro de 2025, reconhece as áreas mais vulneráveis ao fogo e autoriza a implementação de medidas emergenciais para conter as queimadas. A portaria também especifica os períodos críticos que exigem maior atenção, facilitando a implementação de estratégias preventivas e de combate.

Com a inclusão no estado de emergência, o governo poderá reforçar as ações de combate ao fogo, incluindo a contratação de brigadistas especializados. A medida visa agilizar a resposta aos incêndios, aumentar a eficácia das operações e reduzir os impactos ambientais e os riscos para a população.

Além disso, a portaria permite a mobilização de recursos para fortalecer a fiscalização e a prevenção, assegurando que as ações sejam focadas nas áreas de maior risco.

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